Não querendo ir à sua origem e formação, a palavra “Confraternização” tem como principal significado: a união de pessoas do mesmo grupo; que se tratam como irmãos; onde o relacionamento e a harmonia devem ter uma finalidade sã; sem brigas.
Efectivamente foi o que aconteceu neste memorável sábado, 25 de Abril, pois houve (re)união de um Grupo, e os dissabores negativos, por vezes existentes em várias situações, desta feita não tinham lugar.
Após chegada dos participantes ao “Ponto de Encontro” combinado, ou seja no Estádio do Sport Rio Tinto (e quem foi o primeiro a chegar? … Tó Sousa! É que se trata de comer, meus senhores! …), lá partimos sem atrasos e em caravana, com destino certo mas, no que me diz respeito, para local desconhecido, porque tudo estava no segredo dos “organizadores”, Arnaldo e Durães.
Servindo de cicerone, Durães, encaminhou-nos entre estradas serpenteosas e montes verdejantes, fazendo juz a quem bem conhece o terreno, até à “Quinta da Costa”, local muito agradável, muito bem decorado e com uma bonita paisagem em Aguiar de Sousa, Paredes, também possível de ser contemplada através de uma enorme vidraça do salão onde jantámos.
Bem recebidos pelo seu proprietário, o Sr. Batista, tivemos de enfrentar entradas de muita variedade (só faltou o marisco… não foi Mauricio?), dois pratos de carne, sobremesas e doçarias, o quanto baste, e, naturalmente, vinhos à descrição, cafés e bebidas espirituosas.
Inesperadamente, e uma vez que se trata de um local vocacionado para grandes eventos, fomos presenteados com músicas e canções ao vivo, interpretadas pelo proprietário Sr. Batista, um espectáculo de voz! Inteligentemente, escolheu temas marcantes: O Amor, porque estavam presentes na confraternização as nossas esposas (Rui Veloso e Jorge Palma); A Despedida e o Encanto, transmitida aos que passaram na mocidade pelo ensino superior cantando a “Balada da Despedida”, um fado de Coimbra (6ºAno Médico de 1958); As Mensagens pelas Liberdades de Pensamento, Expressão, Opinião e de voto, visto ser 25 de Abril, dia importantíssimo na história de portugal, ao cantar baladas marcantes desses tempos, e vividos por muitos dos presentes (Zeca Afonso, Pedro Barroso, José Mário Branco, e outros). Aqui o tempo passou rapidamente, houve até tempo para uns passos de dança, só pecou pela falta de sensibilidade de alguns elementos a este musical, pois teimavam em falar no decorrer de interpretações mais sérias.
Em lembrança pela nossa passagem por este local de eventos, recebeu o Durães das mãos do proprietário, uma bonita e original placa artesanal elaborada pela sua filha, que, se não erro, está a doutorar em Inglaterra.
Regressámos bem-dispostos, era já o dia 26, com mais um encontro marcado, desta vez vai ser a cargo do Álvaro e do Cunha, e com a certeza de que, em conjunto com as nossas esposas e filhos, continuaremos a conviver, a reviver e a gozar estes momentos únicos, de sabor especial para os resistentes “Veteranos do Sport Club Rio Tinto”.
Artigo: Acácio
Fotos: Acácio, Inácio